Resumo do livro "A loja de tudo"
- Júnior Beltrão

- Jul 16, 2020
- 4 min read
Updated: Mar 19, 2022
Desde o início Bezos planejava expandir o negócio para além dos livros, mas estava apenas esperando o momento certo para fazê-lo.
Pioneira no comércio de livros pela internet, a Amazon esteve à frente da primeira grande febre das pontocom. Mas Jeff Bezos, seu visionário criador, não se contentaria com uma livraria virtual descolada: ele queria que a Amazon dispusesse de uma seleção ilimitada de produtos a preços radicalmente baixos – e se tornasse “A loja de tudo”. Para pôr em prática essa visão, Bezos desenvolveu uma cultura corporativa de ambição implacável e alto sigilo que poucos conheciam de verdade.
O livro apresenta em detalhes como é a vida na gigante do comércio on-line, com detalhes que expõem um mundo de competitividade sem limites. A exemplo de outros precursores da tecnologia, como Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg, Bezos não cede em sua incansável busca por novos mercados, levando a Amazon a lançar empreendimentos como o Kindle e a computação em nuvem.
Bezos registra no estado de Washington em julho de 1994 o nome Cadabra Inc. e depois muda para Relentless.com que até hoje é direcionado ao site da Amazon. Um dos principais objetivos era criar algo superior às livrarias virtuais existentes, incluindo a Books.com, o site da Livraria Book Stacks Unlimited, localizada em Cleveland. “Por mais louco que possa parecer, achávamos mesmo que nosso primeiro desafio era fazer algo melhor do que aqueles caras” “Já havia concorrência.
Não era como se Jeff estivesse criando algo completamente novo”. Bezos procurou no dicionário todas as palavras que começavam com a letra A e teve uma epifania ao chegar à palavra Amazon. O maior rio da Terra; a maior Livraria da Terra – ele registrou o novo endereço eletrônico em 1º de novembro de 1994. “Ele não é apenas o maior rio do mundo; é muitas vezes maior que o Segundo maior rio. Ele deixa todos os outros rios no chinelo”, disse Bezos.

A Amazon estava tendo suas primeiras experiências com a “cauda longa de Chris Anderson”- o grande número de itens esotéricos que atrai um número relativamente pequeno de pessoas. Quanto maior a Amazon se tornasse, mais território ela conquistaria no que estava virando a corrida para a o estabelecimento de novas marcas na fronteira digital.
Bezos pregava urgência: a empresa que assumisse a liderança naquele momento provavelmente conseguiria conservá-la e poderia usá-la para desenvolver um serviço superior para os clientes.
Então Bezos sugeriu que a equipe de personalização do site desenvolvesse um sistema, que fizesse recomendações com base nos livros que os clientes já haviam comprado. Esse recurso, gerou um aumento imediato nas vendas e permitiu que a Amazon colocasse à disposição dos clientes, livros que, não fosse por ele, poderiam jamais ter encontrado.
Bezos acreditava que essa seria uma das vantagens insuperáveis do comércio eletrônico sobre as lojas físicas. “Grandes comerciantes nunca tiveram a oportunidade de entender seus consumidores de forma verdadeiramente individualizada”. Ele disse. “O comércio eletrônico vai possibilitar isso.”
Anos depois, Bezos revelaria ter convocado uma reunião geral para falar sobre o ataque da Barnes & Nobles. “Vejam bem: vocês devem acordar preocupados e aterrorizados todas as manhãs”, disse aos funcionários. “Mas não se preocupem com nossos concorrentes, porque eles nunca vão nos dar nenhum dinheiro. Vamos nos preocupar com nossos clientes e permanecer completamente focados.”
Desde o início Bezos planejava expandir o negócio para além dos livros, mas estava apenas esperando o momento certo para fazê-lo. Jeff “sempre teve um grande apetite”, “era só uma questão de aproveitar as oportunidades na hora certa”. O lema no topo do site mudou de Earth’s Largest Bookstore para Books, Music and More e, depois, para Earth’s Biggest Selection (A Maior Seleção da Terra) – a loja de tudo.
Quer frete grátis? Nós temos!
Bezos achava que o boca-a-boca poderia trazer clientes para a Amazon. Ele queria usar o dinheiro economizado no marketing para aperfeiçoar a experiência do cliente e acelerar o volante. E, na verdade, a Amazon conduzia um experimento que de fato estava funcionando – o frete grátis.
Duas pizzas bastam
Jeff vê a si mesmo e a Blue Origin como parte de algo maior. É o próximo passo das coisas que Júlio Verne escreveu e que as missões Apollo realizaram. Toda a empresa deveria se reestruturar em torno do que ele chamou de “equipes de duas pizzas”. Os funcionários se organizariam em grupos autônomos de menos de dez pessoas – pequenos o bastante para que, quando ficassem trabalhando até tarde, duas pizzas fossem o suficiente para alimentá-los.
AWS
Bezos foi um pioneiro no movimento do crowdsourcing moderno, com um serviço chamado Mechanical Turk, e criou as bases para o Amazon Web Services – projeto que representou o nascimento da era da computação em nuvem. “Precisamos começar a partir de algum ponto” ele disse. “Escalamos até o topo da primeira montanha pequena e, de lá, vemos a montanha seguinte”. O Amazon Web Services, ou AWS, atualmente faz parte do negócio de comercialização de infraestruturas computacionais básicas, como armazenamento, bancos de dados e capacidade computacional. O qual, particularmente eu sou super fã.
É importante para os clientes?
“Tentamos não gastar dinheiro em coisas sem importância para os clientes. A moderação gera criatividade, autossuficiência e invenção. Não há pontos adicionais para o efetivo, para o orçamento e nem para as despesas fixas.”
“When you are eighty years old, and in a quiet moment of reflection narrating for only yourself the most personal version of your life story, the telling that will be most compact and meaningful will be the series of choices you have made. In the end, we are our choices. —Jeff Bezos, commencement speech at Princeton University, May 30, 2010”
Sobre o autor: Brad Stone é um jornalista americano e autor de best-sellers do New York Times. Stone é o autor dos livros The Everything Store: Jeff Bezos e a Era da Amazônia e Gearheads: a ascensão turbulenta dos esportes robóticos.
Você pode comprar o livro A loja de tudo neste link.




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